domingo, 12 de setembro de 2010

CADA PEQUENA LUZ

Conta Galeano em seu O Livro dos Abraços.

"Um homem do povo Neguá, na costa da Colombia, pôde subir alto no céu.
Na volta contou. Disse que havia contemplado de lá de cima, a vida humana. E disse que somos um mar de foguinhos.
- O mundo é isto - revelou - um montão de gente, um mar de foguinhos. Cada pessoa brilha com uma luz própria entre todas as demais.
Não há dois fogos iguais. Há fogos grandes e fogos pequenos e fogos de todas as cores. Há gente de fogo sereno, que o vento nem se dá conta, e gente de fogo louco que enche o ar de chispas. Alguns fogos bobos, não iluminam nem queimam; mas outros ardem a vida com tanta paixão que não se pode olhar para eles sem piscar, e quem se aproxima se acende."

Uma mulher que se acende é mais que uma luz. É um arco-íris particular que oferece, incessante, a beleza de suas cores. Cada mulher que se descobre entrega ao mundo a força da fragilidade e da magia.

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